Operador: Armada Argentina
Fabricante: Nordseewerke, Emden
Batimento de quilha (Cerimônia que marca o início da construção de um navio): 18 de março de 1982
Lançamento: 20 de junho de 1983
Comissionamento: 19 de novembro de 1985
Porto de registro: Mar del Plata
Número de registro: S-42
Tipo de navio: Submarino
Classe: TR-1700
Maquinário: 4 motores a diesel, 1 motor elétrico
Comprimento: 67,3 metros
Boca: 8,36 metros
Calado: (designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação, em relação à linha d'água (superfície da água) 7,34 metros
Propulsão: 1 hélice
Velocidade: 15 Nós (28 Km/h) Superfície
25 nós (46 Km/h) submerso
Autonomia: 22.000 Km a 8 Nós (15 Km/h)
Profundidade: 300 metros
Armamento: 6 tubos de torpedo de 533 milímetros / 22 torpedos
Sensores: Radar Thomson- CSF Calypso/ Sonar Atlas Elektronik CSU 3/4 /Sonar Thomson Sintra DUUX-5
Tripulação: 44
Cronologia
20/11/2017
A Marinha argentina afirmou nesta segunda-feira dia 20, que o capitão do submarino ARA San Juan Classe TR-1700, que desapareceu com 44 pessoas na quarta dia 15, informou em sua última comunicação que a embarcação estava com problemas de bateria do submarino que ocorreu após ter entrado água no sistema de ventilação usando o snorkel (Um tubo para captar ar enquanto o submarino mantém profundidade de telescópio) do submarino para entrada de ar quando houve uma grande ondulação no mar. e que havia causado um curto-circuito e princípio de incêndio. O comando terrestre ordenou o imediato retorno a base naval de Mar del Plata.(Mar del Plata é uma cidade no centro-leste da Argentina, situada na costa do Oceano Atlântico, na província de Buenos Aires com o maior porto marítimo da Argentina onde se encontra a Base Naval)
O Submarino fazia o trajeto entre a Ushuaia, na Patagônia, no extremo sul do continente americano, e a base naval de Mar del Plata, mais ao norte. Ele se comunicou pela última vez na quarta-feira, quando estava a 432 Km do ponto de partida da viagem.
O porta-voz da Marinha Argentina, Enrique Balbi, disse que ainda há comida e oxigênio para a tripulação com provisões para 15 dias, a embarcação pode estar tanto na superfície quanto submerso, com ou sem propulsão. O submarino iniciou sua viagem na segunda-feira, dia 13.
No dia 15 de novembro de 2017, a Organização do Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares (CTBTO) captou uma anomalia hidroacústica curta e violenta, semelhante a uma explosão, a cerca de 30 milhas náuticas (56 quilômetros) ao norte do último local em que a embarcação fez o último contato. Além disso, o submergível tinha a capacidade de permanecer apenas sete dias submerso
No sábado dia 18, o Ministério de Defesa Argentino informou que foram detectadas sete tentativas de chamadas por satélite que poderia ser do submarino, porém nesta segunda-feira dia 20, esta informação não tinha sido ainda confirmada.
O Comandante da Marinha Argentina, Gabriel Galeazzi afirmou que as buscas continuarão até que a embarcação apareça.
Dez barcos e onze aviões estão trabalhando nas buscas, segundo informou Enrique Balbi ao jornal Argentino "La Nación". As condições meteorológicas na região das buscas não foram favoráveis nos últimos dias, com ventos fortes ajudando na formação de ondas grandes.
O Brasil enviou três navios e disponibilizou dois aviões para buscas. Os Estados Unidos e o Reino Unido, além do Chile e Uruguai também participam da colisão de ajuda na tentativa de localização da embarcação desaparecida.
De origem alemã, o submarino ARA San Juan é um dos três submarinos que a Marinha Argentina tem, e foi incorporado a frota do país em 1985.
Resgate
O governo Argentino segue treinando equipes para um possível resgate da tripulação quando o submarino for encontrado, informa o jornal Argentino La Nación.
Os Estados Unidos cederam equipamentos de resgate, uma câmara submarina que foi transportada para a Argentina. O equipamento pode submergir até 200 metros e tem capacidade de resgatar seis pessoas por vez. O governo norte-americano também está enviando um módulo de resgate pressurizado, que consegue salvar até 16 pessoas a cada vez que desce ao fundo do mar.
Participam das buscas, 1.000 pessoas, 27 navios, 30 aviões de 13 países diferentes.
Tripulação
O nome do Capitão do submarino ARA San Juan é Pedro Martín Fernández.
Eram 44 tripulantes
Jorge Ignacio Bergallo - Capitão de corveta
Fernando Vicente Villarreal - Tenente de navio
Fernando Ariel Mendoza - Tenente de navio
Diego Manuel Wagner - Tenente de navio
Eliana María Krawczyk - Tenente de navio. Foi a primeira mulher tripulante de um submarino sul-americano
Víctor Andrés Maroli - Tenente de navio
Adrián Zunda Meoqui - Tenente de fragata
Renzo David Martín Silva - Tenente de fragata
Jorge Luis Mealla - Tenente de corveta
Alejandro Damián Tagliapietra - Tenente de corveta
Javier Alejandro Gallardo - Suboficial principal
Alberto Cipriano Sánchez - Suboficial primeiro
Walter Germán Real - Suboficial primeiro
Hernán Ramón Rodríguez - Suboficial primeiro. Chefe de máquinas do submarino.
Víctor Hugo Coronel - Suboficial primeiro. Era o enfermeiro do submarino.
Cayetano Hipólito Vargas - Suboficial segundo
Roberto Daniel Medina - Suboficial segundo
Celso Oscar Vallejos - Suboficial segundo
Hugo Arnaldo Herrera - Suboficial segundo
Víctor Marcelo Enríquez - Suboficial segundo
Ricardo Gabriel Alfaro Rodríguez - Suboficial segundo
Daniel Adrián Fernández - Suboficial segundo
Luis Marcelo Leiva - Suboficial segundo
Jorge Ariel Monzón - Cabo principal
Jorge Eduardo Valdez - Cabo principal
Cristian David Ibañez - Cabo principal. Fazia parte da equipe de radaristas do submarino
Franco Javier Espinoza - Cabo principal
Jorge Isabelino Ortiz - Cabo principal
Hugo Dante César Aramayo - Cabo principal
Luis Esteban García - Cabo principal
Fernando Gabriel Santilli - Cabo principal
Alberto Ramiro Arjona - Cabo principal
Enrique Damián Castillo - Cabo principal
Luis Carlos Nolasco - Cabo principal
David Alonso Melián - Cabo principal
Germán Oscar Suárez - Cabo principal e sonarista
Daniel Alejandro Polo - Cabo principal
Leandro Fabián Cisneros - Cabo principal
Luis Alberto Niz - Cabo principal
Federico Alejandro Alcaraz Coria - Cabo principal
Mario Armando Toconas - Primeiro-cabo
Sergio Antonio Cuellar - Primeiro-cabo
San Luis Aníbal Tola - Cabo segundo
22/11/2017
O estoque de oxigênio disponível pode não ser mais suficiente para manter a tripulação viva.
A angustiante procura pelo submarino argentino perdido no Atlântico há sete dias continuou na madrugada desta quarta-feira. O ARA San Juan, que leva 44 pessoas a bordo, perdeu contato com as bases de controle no continente no dia 15.
Um novo sinal que poderia indicar a localização do submarino foi detectado pelas equipes de busca, segundo relataram duas fontes ao jornal Argentino Clarín. A pista levou ao estabelecimento de um novo perímetro de buscas no Atlântico Sul.
Por volta da meia-noite desta quarta dia 22, uma frota de navios se dirigiu ao local onde o novo sinal foi detectado, para verificar se a peça encontrada pertence, de fato, ao San Juan. O ponto, a 300 quilômetros da costa da cidade de Puerto Madryn, coincide com a área indicada pela Marinha dos Estados Unidos, que disse ter localizado com um de seus aviões uma “mancha de calor” a 70 metros de profundidade.
23/11/2017
Após especulações sobre a situação do submarino e sobre sua capacidade de renovar o oxigênio a bordo, a tese da explosão é agora a única pista, apesar de não determinar exatamente a posição do submergível. "As Estações Hidroacústicas HA10 (da Ilha de Ascensão) e HA04 (ilhas Crozet) detectaram um sinal (explosivo) em 15 de novembro às 13h51 GMT (11h51), próximo à última posição conhecida", segundo a Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (Otpcen).
A explosão explicaria a ausência da ativação da baliza de emergência e a interrupção completa das comunicações do submarino.
O comandante do submarino, capitão de fragata Pedro Martín Fernández, informou à base um problema nas baterias. Em uma comunicação posterior, comunicou que seguia para a base naval de Mar del Plata, onde deveria chegar no dia 19 ou 20.
Um submarino deste tipo está geralmente equipado com quatro baterias de 50 toneladas cada uma, que contêm chumbo e ácido sulfúrico. Em caso de problemas, as baterias podem produzir gases instáveis e até explosão.
27/11/2017
A área das buscas pelo submarino foi reduzida ainda mais e cobre atualmente uma raio de 76 Km, com profundidade que variam entre 200m a 600m. Participam neste momento no local seis embarcações de diversas nacionalidades, com mapeamento 3d do solo marítimo.
"Lamentavelmente, apesar de toda essa atividade, não tivemos nenhuma localização ou detecção do submarino San Juan", disse Enrique Balbi.
É esperada para tarde desta segunda dia 28 a chegada a zona de operações do navio Norueguês Sophie Siem, que traz a bordo o mini submarino americano de regate, com alcance de até 600 metros.
Também está sendo preparado o envio de veículos submergíveis de inspeção remota e alcance de 1.000 metros.
Em 7 de dezembro espera-se a chegada do navio Russo Yalta com veículos submergíveis remoto com alcance de 6.000 metros.
30/11/2017
Em 30 de novembro, a Marinha Argentina afirmou formalmente que havia desistido de tentar conseguir encontrar o submarino com a tripulação viva. As operações navais passaram a ser apenas para encontrar a embarcação e não seria mais tratada como uma "missão de resgate".
5/12/2017
Em 5 de dezembro, o Governo Argentino confirmou oficialmente a morte de todos os 44 tripulantes do submarino.
17/08/2018
O governo argentino afirmou que contratou a empresa americana Ocean Infinity para participar das buscas pelo submarino ARA San Juan.
A Ocean Infinity, com sede no Texas, retomará com urgência as buscas. A empresa é a mesma que tentou encontrar, sem sucesso, a aeronave desaparecida do voo MH370, da Malaysia Airlines, no Oceano Índico.
Após o governo anunciar a contratação, familiares dos tripulantes deixaram o acampamento na Praça de Maio, em Buenos Aires, onde estavam há 52 dias para exigir respostas sobre o desaparecimento.
26/10/2018
Marinha da Argentina reage contra suspensão de buscas a submarino.
A Marinha da Argentina reagiu sexta-feira (26) contra a decisão da empresa Ocean Infinity de suspender até fevereiro de 2019 as buscas ao submarino ARA San Juan, desaparecido no Atlântico sul desde novembro de 2012, e determinou a continuidade do trabalho, “em cumprimento ao contrato vigente”.
A suspensão dos trabalhos por mais de três meses foi denunciada à Marinha por familiares dos 44 tripulantes da embarcação. Até ontem, o barco Seabed Constructor, da Ocean Infinity, havia terminado de vasculhar a 12ª área de busca, sem encontrar vestígios.
15/11/2018
Na sexta-feira dia 16, a Marinha Argentina havia divulgado, também pelo Twitter, uma imagem do ponto de interesse 24, que sugeria a presença de um objeto de 60 metros de comprimento, e comunicado que haveria uma investigação desse local.
Um ano depois e um dia do desaparecimento do submarino ARA San Juan, da Marinha Argentina, uma empresa privada, Ocean Infinity contratada pelo governo Argentino encontrou o submarino a 600 Km da costa, e as buscas chegaram ao fim. O governo de Mauricio Macri deve avaliar agora se realiza uma operação para retirada do objeto do mar e dos corpos dos 44 tripulantes.
Segundo o chefe da base naval de Mar del Plata, o submarino sofreu uma implosão, mas manteve sua estrutura. " Vemos ele completo, mas obviamente implodido.", explicou Gabriel Attis. Enrique Balbi, Chefe de imprensa da Marinha, relatou: “O casco resistente não está partido ao meio, está intacto, mas sofreu deformações materiais". Ele foi achado na noite de sexta-feira, dia 16 à 800 metros de profundidade e a cerca de 600 Km da costa de Comodoro Rivadavia, na Patagônia Argentina. A embarcação está em uma região de cânions (espécie de rios submarinos). O loca está dentro da área onde começaram a ser realizadas as buscas em novembro de 2017.
O local é o mesmo onde, há um ano, foi identificada uma "anomalia hidroacústica" semelhante a uma explosão.
A operação envolveu o navio Seabed Constructor, construído nos estaleiros de Bergen, na Noruega, onde a empresa tem sua base de operações.
O navio tem 115 metros de comprimento e 22 metros de largura. Além de um heliporto, ele possui tecnologia de ponta.
Ele também tem um laboratório com computadores de última geração, braços mecânicos, lanchas rápidas, guindastes de 250 toneladas e uma velocidade de exploração de 1.200 quilômetros, segundo o site da Marinha da Argentina.
No entanto, os equipamentos cruciais usados para encontrar o San Juan foram os veículos submarinos autônomos (AUV, na sigla em inglês), também conhecidos como "drones subaquáticos".
A empresa Ocean Infinity diz que seus "drones" são os mais avançados do mundo, como uma capacidade de operar em uma profundidade de até 6.000 metros.
Como o nome indica, esses veículos são autônomos e não estão ligados ao navio por nenhum cabo, o que permite aos "drones" mergulhar em águas mais profundas e coletar dados de maior qualidade.
Eles podem se mover a uma velocidade de 2 a 6 nós (cerca de 4 a 11 km por hora) e ter reservas de 400 horas de bateria.
Além dos funcionários, oficiais da Marinha da Argentina também participaram das buscas. Quatro familiares da tripulação do submarino também estavam a bordo.
Como encontraram o submarino ARA San Juan
Após dois meses de buscas, a Ocean Infinity havia anunciado que abandonaria a expedição nesta semana - ao menos, temporariamente.
Porém, na noite de quinta-feira, no mesmo dia em que se completava um ano desde as últimas comunicações com o ARA San Juan, a Ocean Infinity comunicou sobre a descoberta de um novo ponto de interesse - o 24ª desde que a empresa começou a rastrear o fundo o mar em busca do submarino.
O "ponto de interesse" é um local onde se suspeita que possa estar o submarino e que, por isso, deve ser investigado.
Ante este sinal, o navio Seabed Constructor se dirigiu à área onde estava o drone que fez a descoberta. O robô, então, forneceu a "identificação positiva" do submarino.
Andrew D. Bowen, principal engenheiro do centro de estudos oceanográficos Woods Hole Oceanographic Institution, explicou para a BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, por que a busca de um submarino pode ser tão complicada.
Segundo ele, 80% do oceano segue sendo um enigma. "E isso está relacionado à dificuldade de encontrar não apenas o ARA San Juan, mas também o M370 (avião da Malaysia Airlines, que desapareceu com 227 passageiros) e o K-141 Kursk (submarino russo desaparecido em 2000 com 118 tripulantes a bordo)".
Segundo o jornal Clarín Argentino, a companhia Ocean Infinity cobrará 7,5 milhões de dólares pelo trabalho (cerca de R$ 28 milhões)
18/11/2018
O ministro de Defesa da Argentina, Oscar Aguad, afirmou neste domingo dia 18, que não existe tecnologia capaz de retirar o submarino ARA San Juan, localizado ontem dia 17 à 900 metros de profundidade no Oceano Atlântico.
"A Argentina não conta com meios técnicos para resgatar ou emergir o submarino. Não deve haver no mundo tecnologia para retirar 2,3 mil toneladas de peso do fundo do mar", afirmou Oscar Aguad.
Em entrevista à Rádio Mitre (rádio Argentina), o ministro explicou que o governo tem dinheiro para contratar uma empresa especializada nesse tipo de operação, caso necessário, e ressaltou que se houver tecnologia para fazer a retirada, o processo deve demorar muitos anos.
"É um equipamento de 2,3 mil toneladas", reiterou o ministro.
Perguntado sobre a responsabilidade jurídica do governo em resgatar o submarino, o ministro disse que a juíza responsável pela investigação do desaparecimento, Marta Yáñez, terá papel fundamental na decisão. No entanto, reconheceu que não considera que ela tenha poder para decidir uma questão desta natureza.
"Sobre a busca, esse caso terminou porque ficou provado que o submarino implodiu e naufragou duas horas depois da última comunicação. Resta determinar quais são as responsabilidades da Marinha", explicou o ministro.
Fonte: noticias.uol.com.br, Wikipédia, www.terra.com.br, oglobo.globo.com, www.portalvejaagora.com, g1.globo.com, folha.uol.com.br, BBC Mundo, www.midianews.com.br, www.bbc.com, oceaninfinity.com, www.defesaaereanaval.com.br, www.msn.com, La Nación (Jornal Argentino)
Última edição por Charlie em Qui Nov 22 2018, 01:04, editado 3 vez(es)
Fabricante: Nordseewerke, Emden
Batimento de quilha (Cerimônia que marca o início da construção de um navio): 18 de março de 1982
Lançamento: 20 de junho de 1983
Comissionamento: 19 de novembro de 1985
Porto de registro: Mar del Plata
Número de registro: S-42
Tipo de navio: Submarino
Classe: TR-1700
Maquinário: 4 motores a diesel, 1 motor elétrico
Comprimento: 67,3 metros
Boca: 8,36 metros
Calado: (designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação, em relação à linha d'água (superfície da água) 7,34 metros
Propulsão: 1 hélice
Velocidade: 15 Nós (28 Km/h) Superfície
25 nós (46 Km/h) submerso
Autonomia: 22.000 Km a 8 Nós (15 Km/h)
Profundidade: 300 metros
Armamento: 6 tubos de torpedo de 533 milímetros / 22 torpedos
Sensores: Radar Thomson- CSF Calypso/ Sonar Atlas Elektronik CSU 3/4 /Sonar Thomson Sintra DUUX-5
Tripulação: 44
Cronologia
20/11/2017
A Marinha argentina afirmou nesta segunda-feira dia 20, que o capitão do submarino ARA San Juan Classe TR-1700, que desapareceu com 44 pessoas na quarta dia 15, informou em sua última comunicação que a embarcação estava com problemas de bateria do submarino que ocorreu após ter entrado água no sistema de ventilação usando o snorkel (Um tubo para captar ar enquanto o submarino mantém profundidade de telescópio) do submarino para entrada de ar quando houve uma grande ondulação no mar. e que havia causado um curto-circuito e princípio de incêndio. O comando terrestre ordenou o imediato retorno a base naval de Mar del Plata.(Mar del Plata é uma cidade no centro-leste da Argentina, situada na costa do Oceano Atlântico, na província de Buenos Aires com o maior porto marítimo da Argentina onde se encontra a Base Naval)
O Submarino fazia o trajeto entre a Ushuaia, na Patagônia, no extremo sul do continente americano, e a base naval de Mar del Plata, mais ao norte. Ele se comunicou pela última vez na quarta-feira, quando estava a 432 Km do ponto de partida da viagem.
O porta-voz da Marinha Argentina, Enrique Balbi, disse que ainda há comida e oxigênio para a tripulação com provisões para 15 dias, a embarcação pode estar tanto na superfície quanto submerso, com ou sem propulsão. O submarino iniciou sua viagem na segunda-feira, dia 13.
No dia 15 de novembro de 2017, a Organização do Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares (CTBTO) captou uma anomalia hidroacústica curta e violenta, semelhante a uma explosão, a cerca de 30 milhas náuticas (56 quilômetros) ao norte do último local em que a embarcação fez o último contato. Além disso, o submergível tinha a capacidade de permanecer apenas sete dias submerso
No sábado dia 18, o Ministério de Defesa Argentino informou que foram detectadas sete tentativas de chamadas por satélite que poderia ser do submarino, porém nesta segunda-feira dia 20, esta informação não tinha sido ainda confirmada.
O Comandante da Marinha Argentina, Gabriel Galeazzi afirmou que as buscas continuarão até que a embarcação apareça.
Dez barcos e onze aviões estão trabalhando nas buscas, segundo informou Enrique Balbi ao jornal Argentino "La Nación". As condições meteorológicas na região das buscas não foram favoráveis nos últimos dias, com ventos fortes ajudando na formação de ondas grandes.
O Brasil enviou três navios e disponibilizou dois aviões para buscas. Os Estados Unidos e o Reino Unido, além do Chile e Uruguai também participam da colisão de ajuda na tentativa de localização da embarcação desaparecida.
De origem alemã, o submarino ARA San Juan é um dos três submarinos que a Marinha Argentina tem, e foi incorporado a frota do país em 1985.
Resgate
O governo Argentino segue treinando equipes para um possível resgate da tripulação quando o submarino for encontrado, informa o jornal Argentino La Nación.
Os Estados Unidos cederam equipamentos de resgate, uma câmara submarina que foi transportada para a Argentina. O equipamento pode submergir até 200 metros e tem capacidade de resgatar seis pessoas por vez. O governo norte-americano também está enviando um módulo de resgate pressurizado, que consegue salvar até 16 pessoas a cada vez que desce ao fundo do mar.
Participam das buscas, 1.000 pessoas, 27 navios, 30 aviões de 13 países diferentes.
Tripulação
O nome do Capitão do submarino ARA San Juan é Pedro Martín Fernández.
Eram 44 tripulantes
Jorge Ignacio Bergallo - Capitão de corveta
Fernando Vicente Villarreal - Tenente de navio
Fernando Ariel Mendoza - Tenente de navio
Diego Manuel Wagner - Tenente de navio
Eliana María Krawczyk - Tenente de navio. Foi a primeira mulher tripulante de um submarino sul-americano
Víctor Andrés Maroli - Tenente de navio
Adrián Zunda Meoqui - Tenente de fragata
Renzo David Martín Silva - Tenente de fragata
Jorge Luis Mealla - Tenente de corveta
Alejandro Damián Tagliapietra - Tenente de corveta
Javier Alejandro Gallardo - Suboficial principal
Alberto Cipriano Sánchez - Suboficial primeiro
Walter Germán Real - Suboficial primeiro
Hernán Ramón Rodríguez - Suboficial primeiro. Chefe de máquinas do submarino.
Víctor Hugo Coronel - Suboficial primeiro. Era o enfermeiro do submarino.
Cayetano Hipólito Vargas - Suboficial segundo
Roberto Daniel Medina - Suboficial segundo
Celso Oscar Vallejos - Suboficial segundo
Hugo Arnaldo Herrera - Suboficial segundo
Víctor Marcelo Enríquez - Suboficial segundo
Ricardo Gabriel Alfaro Rodríguez - Suboficial segundo
Daniel Adrián Fernández - Suboficial segundo
Luis Marcelo Leiva - Suboficial segundo
Jorge Ariel Monzón - Cabo principal
Jorge Eduardo Valdez - Cabo principal
Cristian David Ibañez - Cabo principal. Fazia parte da equipe de radaristas do submarino
Franco Javier Espinoza - Cabo principal
Jorge Isabelino Ortiz - Cabo principal
Hugo Dante César Aramayo - Cabo principal
Luis Esteban García - Cabo principal
Fernando Gabriel Santilli - Cabo principal
Alberto Ramiro Arjona - Cabo principal
Enrique Damián Castillo - Cabo principal
Luis Carlos Nolasco - Cabo principal
David Alonso Melián - Cabo principal
Germán Oscar Suárez - Cabo principal e sonarista
Daniel Alejandro Polo - Cabo principal
Leandro Fabián Cisneros - Cabo principal
Luis Alberto Niz - Cabo principal
Federico Alejandro Alcaraz Coria - Cabo principal
Mario Armando Toconas - Primeiro-cabo
Sergio Antonio Cuellar - Primeiro-cabo
San Luis Aníbal Tola - Cabo segundo
22/11/2017
O estoque de oxigênio disponível pode não ser mais suficiente para manter a tripulação viva.
A angustiante procura pelo submarino argentino perdido no Atlântico há sete dias continuou na madrugada desta quarta-feira. O ARA San Juan, que leva 44 pessoas a bordo, perdeu contato com as bases de controle no continente no dia 15.
Um novo sinal que poderia indicar a localização do submarino foi detectado pelas equipes de busca, segundo relataram duas fontes ao jornal Argentino Clarín. A pista levou ao estabelecimento de um novo perímetro de buscas no Atlântico Sul.
Por volta da meia-noite desta quarta dia 22, uma frota de navios se dirigiu ao local onde o novo sinal foi detectado, para verificar se a peça encontrada pertence, de fato, ao San Juan. O ponto, a 300 quilômetros da costa da cidade de Puerto Madryn, coincide com a área indicada pela Marinha dos Estados Unidos, que disse ter localizado com um de seus aviões uma “mancha de calor” a 70 metros de profundidade.
23/11/2017
Após especulações sobre a situação do submarino e sobre sua capacidade de renovar o oxigênio a bordo, a tese da explosão é agora a única pista, apesar de não determinar exatamente a posição do submergível. "As Estações Hidroacústicas HA10 (da Ilha de Ascensão) e HA04 (ilhas Crozet) detectaram um sinal (explosivo) em 15 de novembro às 13h51 GMT (11h51), próximo à última posição conhecida", segundo a Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (Otpcen).
A explosão explicaria a ausência da ativação da baliza de emergência e a interrupção completa das comunicações do submarino.
O comandante do submarino, capitão de fragata Pedro Martín Fernández, informou à base um problema nas baterias. Em uma comunicação posterior, comunicou que seguia para a base naval de Mar del Plata, onde deveria chegar no dia 19 ou 20.
Um submarino deste tipo está geralmente equipado com quatro baterias de 50 toneladas cada uma, que contêm chumbo e ácido sulfúrico. Em caso de problemas, as baterias podem produzir gases instáveis e até explosão.
27/11/2017
A área das buscas pelo submarino foi reduzida ainda mais e cobre atualmente uma raio de 76 Km, com profundidade que variam entre 200m a 600m. Participam neste momento no local seis embarcações de diversas nacionalidades, com mapeamento 3d do solo marítimo.
"Lamentavelmente, apesar de toda essa atividade, não tivemos nenhuma localização ou detecção do submarino San Juan", disse Enrique Balbi.
É esperada para tarde desta segunda dia 28 a chegada a zona de operações do navio Norueguês Sophie Siem, que traz a bordo o mini submarino americano de regate, com alcance de até 600 metros.
Também está sendo preparado o envio de veículos submergíveis de inspeção remota e alcance de 1.000 metros.
Em 7 de dezembro espera-se a chegada do navio Russo Yalta com veículos submergíveis remoto com alcance de 6.000 metros.
30/11/2017
Em 30 de novembro, a Marinha Argentina afirmou formalmente que havia desistido de tentar conseguir encontrar o submarino com a tripulação viva. As operações navais passaram a ser apenas para encontrar a embarcação e não seria mais tratada como uma "missão de resgate".
5/12/2017
Em 5 de dezembro, o Governo Argentino confirmou oficialmente a morte de todos os 44 tripulantes do submarino.
17/08/2018
O governo argentino afirmou que contratou a empresa americana Ocean Infinity para participar das buscas pelo submarino ARA San Juan.
A Ocean Infinity, com sede no Texas, retomará com urgência as buscas. A empresa é a mesma que tentou encontrar, sem sucesso, a aeronave desaparecida do voo MH370, da Malaysia Airlines, no Oceano Índico.
Após o governo anunciar a contratação, familiares dos tripulantes deixaram o acampamento na Praça de Maio, em Buenos Aires, onde estavam há 52 dias para exigir respostas sobre o desaparecimento.
26/10/2018
Marinha da Argentina reage contra suspensão de buscas a submarino.
A Marinha da Argentina reagiu sexta-feira (26) contra a decisão da empresa Ocean Infinity de suspender até fevereiro de 2019 as buscas ao submarino ARA San Juan, desaparecido no Atlântico sul desde novembro de 2012, e determinou a continuidade do trabalho, “em cumprimento ao contrato vigente”.
A suspensão dos trabalhos por mais de três meses foi denunciada à Marinha por familiares dos 44 tripulantes da embarcação. Até ontem, o barco Seabed Constructor, da Ocean Infinity, havia terminado de vasculhar a 12ª área de busca, sem encontrar vestígios.
15/11/2018
Na sexta-feira dia 16, a Marinha Argentina havia divulgado, também pelo Twitter, uma imagem do ponto de interesse 24, que sugeria a presença de um objeto de 60 metros de comprimento, e comunicado que haveria uma investigação desse local.
Um ano depois e um dia do desaparecimento do submarino ARA San Juan, da Marinha Argentina, uma empresa privada, Ocean Infinity contratada pelo governo Argentino encontrou o submarino a 600 Km da costa, e as buscas chegaram ao fim. O governo de Mauricio Macri deve avaliar agora se realiza uma operação para retirada do objeto do mar e dos corpos dos 44 tripulantes.
Segundo o chefe da base naval de Mar del Plata, o submarino sofreu uma implosão, mas manteve sua estrutura. " Vemos ele completo, mas obviamente implodido.", explicou Gabriel Attis. Enrique Balbi, Chefe de imprensa da Marinha, relatou: “O casco resistente não está partido ao meio, está intacto, mas sofreu deformações materiais". Ele foi achado na noite de sexta-feira, dia 16 à 800 metros de profundidade e a cerca de 600 Km da costa de Comodoro Rivadavia, na Patagônia Argentina. A embarcação está em uma região de cânions (espécie de rios submarinos). O loca está dentro da área onde começaram a ser realizadas as buscas em novembro de 2017.
O local é o mesmo onde, há um ano, foi identificada uma "anomalia hidroacústica" semelhante a uma explosão.
A operação envolveu o navio Seabed Constructor, construído nos estaleiros de Bergen, na Noruega, onde a empresa tem sua base de operações.
O navio tem 115 metros de comprimento e 22 metros de largura. Além de um heliporto, ele possui tecnologia de ponta.
Ele também tem um laboratório com computadores de última geração, braços mecânicos, lanchas rápidas, guindastes de 250 toneladas e uma velocidade de exploração de 1.200 quilômetros, segundo o site da Marinha da Argentina.
No entanto, os equipamentos cruciais usados para encontrar o San Juan foram os veículos submarinos autônomos (AUV, na sigla em inglês), também conhecidos como "drones subaquáticos".
A empresa Ocean Infinity diz que seus "drones" são os mais avançados do mundo, como uma capacidade de operar em uma profundidade de até 6.000 metros.
Como o nome indica, esses veículos são autônomos e não estão ligados ao navio por nenhum cabo, o que permite aos "drones" mergulhar em águas mais profundas e coletar dados de maior qualidade.
Eles podem se mover a uma velocidade de 2 a 6 nós (cerca de 4 a 11 km por hora) e ter reservas de 400 horas de bateria.
Além dos funcionários, oficiais da Marinha da Argentina também participaram das buscas. Quatro familiares da tripulação do submarino também estavam a bordo.
Como encontraram o submarino ARA San Juan
Após dois meses de buscas, a Ocean Infinity havia anunciado que abandonaria a expedição nesta semana - ao menos, temporariamente.
Porém, na noite de quinta-feira, no mesmo dia em que se completava um ano desde as últimas comunicações com o ARA San Juan, a Ocean Infinity comunicou sobre a descoberta de um novo ponto de interesse - o 24ª desde que a empresa começou a rastrear o fundo o mar em busca do submarino.
O "ponto de interesse" é um local onde se suspeita que possa estar o submarino e que, por isso, deve ser investigado.
Ante este sinal, o navio Seabed Constructor se dirigiu à área onde estava o drone que fez a descoberta. O robô, então, forneceu a "identificação positiva" do submarino.
Andrew D. Bowen, principal engenheiro do centro de estudos oceanográficos Woods Hole Oceanographic Institution, explicou para a BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, por que a busca de um submarino pode ser tão complicada.
Segundo ele, 80% do oceano segue sendo um enigma. "E isso está relacionado à dificuldade de encontrar não apenas o ARA San Juan, mas também o M370 (avião da Malaysia Airlines, que desapareceu com 227 passageiros) e o K-141 Kursk (submarino russo desaparecido em 2000 com 118 tripulantes a bordo)".
Segundo o jornal Clarín Argentino, a companhia Ocean Infinity cobrará 7,5 milhões de dólares pelo trabalho (cerca de R$ 28 milhões)
18/11/2018
O ministro de Defesa da Argentina, Oscar Aguad, afirmou neste domingo dia 18, que não existe tecnologia capaz de retirar o submarino ARA San Juan, localizado ontem dia 17 à 900 metros de profundidade no Oceano Atlântico.
"A Argentina não conta com meios técnicos para resgatar ou emergir o submarino. Não deve haver no mundo tecnologia para retirar 2,3 mil toneladas de peso do fundo do mar", afirmou Oscar Aguad.
Em entrevista à Rádio Mitre (rádio Argentina), o ministro explicou que o governo tem dinheiro para contratar uma empresa especializada nesse tipo de operação, caso necessário, e ressaltou que se houver tecnologia para fazer a retirada, o processo deve demorar muitos anos.
"É um equipamento de 2,3 mil toneladas", reiterou o ministro.
Perguntado sobre a responsabilidade jurídica do governo em resgatar o submarino, o ministro disse que a juíza responsável pela investigação do desaparecimento, Marta Yáñez, terá papel fundamental na decisão. No entanto, reconheceu que não considera que ela tenha poder para decidir uma questão desta natureza.
"Sobre a busca, esse caso terminou porque ficou provado que o submarino implodiu e naufragou duas horas depois da última comunicação. Resta determinar quais são as responsabilidades da Marinha", explicou o ministro.
Fonte: noticias.uol.com.br, Wikipédia, www.terra.com.br, oglobo.globo.com, www.portalvejaagora.com, g1.globo.com, folha.uol.com.br, BBC Mundo, www.midianews.com.br, www.bbc.com, oceaninfinity.com, www.defesaaereanaval.com.br, www.msn.com, La Nación (Jornal Argentino)
Última edição por Charlie em Qui Nov 22 2018, 01:04, editado 3 vez(es)