Mayra Aguiar completou um ciclo: é campeã mundial de judô, após ser medalhista de bronze olímpica em Londres-2012 e subir ao pódio três vezes em mundiais, sem conseguir o sonhado ouro. Conquista cheia de significados, que confirmam que a gaúcha de apenas 23 anos é um verdadeiro fenômeno do esporte brasileiro.
Nesta sexta-feira (29/08/2014), ela conquistou o ouro dos meio-pesados (78kg) no Mundial de Chelyabinsk, na Rússia. Na final, derrotou a francesa Audrey Tcheumeo, campeã do torneio em 2011. É sua quarta medalha na história da competição, a primeira de ouro. Ela já tinha sido vice-campeã uma vez (em 2010, em Tóquio) e conquistado a medalha de bronze duas vezes (em 2011, em Paris, e em 2013, no Rio de Janeiro).
Com isso, se torna a brasileira com o maior número de medalhas em campeonatos mundiais. Ela superou os campeões olímpicos Aurélio Miguel (uma prata e dois bronzes) e Sarah Menezes (três bronzes).
Mais importante, porém, foi o fim de duas grandes maldições: primeiro, o ouro na Rússia marca o primeiro título mundial conquistado por um brasileiro fora de casa desde a conquista de João Derly, em 2005. No Cairo, no Egito, o baixinho venceu a categoria meio-leve. Foi o primeiro título mundial verde-amarelo da história.
Desde então, foram mais quatro medalhas de ouro verde-amarelas no torneio. Mas sempre no Rio de Janeiro. Foi assim com o segundo título de Derly e com Tiago Camilo e Luciano Correa, em 2007, e com Rafaela Silva, em 2013.
Além disso, pela primeira vez nas finais de um dos dois torneios mais respeitados do judô, Mayra venceu sua grande algoz, Kayla Harrison. Campeã olímpica em 2012 e mundial em 2010, a norte americana derrotou a brasileira nas duas campanhas.
Campeã bateu Harrison, o bicho-papão
Desta vez, não. Na semifinal, o combate foi tenso, com a brasileira pontuando duas vezes nos dois primeiros minutos e dominando a luta, mas com a técnica Rosicléia Campos brigando com a arbitragem. As regras do judô preveem que os treinadores apenas orientem seus atletas nas interrupções do combate. Rose desobedeceu, gritou muito e foi excluída. Tentou seguir dando instruções da arquibancada, mas bateu-boca com a árbitra e teve de acompanhar o resultado final pela TV.
Luta muito mais tensa que a decisão. Contra a francesa Tchecumeo, Mayra conseguiu um wazari no início do combate e administrou a vantagem.
Na madrugada de quinta para sexta-feira, a gaúcha já tinha passado com tranquilidade por sua chave, vencendo dois dos três combates que fez por ippon. Na estreia, ela despachou a italiana Assunta Galeone com dois wazaris (que equivalem a um ippon). Na sequência, bateu a espanhola Laia Talarn por um wazari e um yuko.
Nas quartas de final, ela acabou beneficiada pela lesão da rival. A russa Alena Kachorovskaya venceu, nas oitavas, a mongol Munkhtuya Battulga, mas, a quatro segundo do final, sofreu uma lesão no braço esquerdo. Conseguiu terminar o combate, mas saiu segurando o braço.
Ela entrou no combate claramente sem condições de luta e não conseguia usar o braço esquerdo. Percebendo isso, a brasileira, forçou a pegada no lado contundido e conseguiu o ippon com 1min31s.
Tiago Camilo decepciona na Rússia
Se Mayra lutou muito bem até agora, Tiago Camilo, campeão mundial de 2007, igualou seu pior desempenho em campeonatos mundiais. Ele perdeu logo na estreia da categoria médio (90kg), para o sérvio Dimitri Gerasimenko. Durante o combate, o brasileiro foi dominado pelo rival e não conseguiu responder um yuko que levou a 1min30s de luta.
Tiago vinha de uma temporada difícil desde o ano passado. Ele foi cortado antes do Mundial do Rio de Janeiro, por lesão, operou o ombro e passou toda a temporada em recuperação. Em 2014, porém, ele parecia recuperado. Venceu o Campeonato Pan-Americano do Equador e foi vice-campeão do Grand Prix de Havana, perdendo apenas para o geórgio Varlan Liparteliani, líder do ranking mundial.
No Mundial de 2009, na Holanda, Tiago Camilo já tinha perdido em sua estreia. Naquela ocasião, porém, seu algoz foi o coreano Kyu Won Lee, que terminaria com a medalha de ouro da competição. Na Rússia, Gerasimenko foi perdeu nas quartas de final.
A outra brasileira a lutar no dia, Bárbara Timo, também foi eliminada de maneira decepcionante. Ela venceu em sua estreia Hye Jin Jeong, da Coreia, e vencia a luta contra a atual campeã mundial Yuri Alvear, da Colômbia, por um yuko. No último minuto, porém, com três punições, não conseguiu se desvencilhar da pegada da rival e levou um wazari, que definiu a vitória.
Na madrugada de sexta para sábado (30), lutam os atletas mais pesados da equipe brasileira. Nos pesados (+100kg), dois atletas estão entre os dez melhores do mundo: Rafael Silva é líder do ranking mundial e David Moura aparece em sexto lugar. No feminino (+78kg), Maria Suellen Altheman é vice-líder dos pesados femininos – Rochele Nunes, 18ª da lista, também vai lutar Além disso, o campeão mundial de 2007 dos meio-pesados (100kg), Luciano Correa, também estará em ação.
Nesta sexta-feira (29/08/2014), ela conquistou o ouro dos meio-pesados (78kg) no Mundial de Chelyabinsk, na Rússia. Na final, derrotou a francesa Audrey Tcheumeo, campeã do torneio em 2011. É sua quarta medalha na história da competição, a primeira de ouro. Ela já tinha sido vice-campeã uma vez (em 2010, em Tóquio) e conquistado a medalha de bronze duas vezes (em 2011, em Paris, e em 2013, no Rio de Janeiro).
Com isso, se torna a brasileira com o maior número de medalhas em campeonatos mundiais. Ela superou os campeões olímpicos Aurélio Miguel (uma prata e dois bronzes) e Sarah Menezes (três bronzes).
Mais importante, porém, foi o fim de duas grandes maldições: primeiro, o ouro na Rússia marca o primeiro título mundial conquistado por um brasileiro fora de casa desde a conquista de João Derly, em 2005. No Cairo, no Egito, o baixinho venceu a categoria meio-leve. Foi o primeiro título mundial verde-amarelo da história.
Desde então, foram mais quatro medalhas de ouro verde-amarelas no torneio. Mas sempre no Rio de Janeiro. Foi assim com o segundo título de Derly e com Tiago Camilo e Luciano Correa, em 2007, e com Rafaela Silva, em 2013.
Além disso, pela primeira vez nas finais de um dos dois torneios mais respeitados do judô, Mayra venceu sua grande algoz, Kayla Harrison. Campeã olímpica em 2012 e mundial em 2010, a norte americana derrotou a brasileira nas duas campanhas.
Campeã bateu Harrison, o bicho-papão
Desta vez, não. Na semifinal, o combate foi tenso, com a brasileira pontuando duas vezes nos dois primeiros minutos e dominando a luta, mas com a técnica Rosicléia Campos brigando com a arbitragem. As regras do judô preveem que os treinadores apenas orientem seus atletas nas interrupções do combate. Rose desobedeceu, gritou muito e foi excluída. Tentou seguir dando instruções da arquibancada, mas bateu-boca com a árbitra e teve de acompanhar o resultado final pela TV.
Luta muito mais tensa que a decisão. Contra a francesa Tchecumeo, Mayra conseguiu um wazari no início do combate e administrou a vantagem.
Na madrugada de quinta para sexta-feira, a gaúcha já tinha passado com tranquilidade por sua chave, vencendo dois dos três combates que fez por ippon. Na estreia, ela despachou a italiana Assunta Galeone com dois wazaris (que equivalem a um ippon). Na sequência, bateu a espanhola Laia Talarn por um wazari e um yuko.
Nas quartas de final, ela acabou beneficiada pela lesão da rival. A russa Alena Kachorovskaya venceu, nas oitavas, a mongol Munkhtuya Battulga, mas, a quatro segundo do final, sofreu uma lesão no braço esquerdo. Conseguiu terminar o combate, mas saiu segurando o braço.
Ela entrou no combate claramente sem condições de luta e não conseguia usar o braço esquerdo. Percebendo isso, a brasileira, forçou a pegada no lado contundido e conseguiu o ippon com 1min31s.
Tiago Camilo decepciona na Rússia
Se Mayra lutou muito bem até agora, Tiago Camilo, campeão mundial de 2007, igualou seu pior desempenho em campeonatos mundiais. Ele perdeu logo na estreia da categoria médio (90kg), para o sérvio Dimitri Gerasimenko. Durante o combate, o brasileiro foi dominado pelo rival e não conseguiu responder um yuko que levou a 1min30s de luta.
Tiago vinha de uma temporada difícil desde o ano passado. Ele foi cortado antes do Mundial do Rio de Janeiro, por lesão, operou o ombro e passou toda a temporada em recuperação. Em 2014, porém, ele parecia recuperado. Venceu o Campeonato Pan-Americano do Equador e foi vice-campeão do Grand Prix de Havana, perdendo apenas para o geórgio Varlan Liparteliani, líder do ranking mundial.
No Mundial de 2009, na Holanda, Tiago Camilo já tinha perdido em sua estreia. Naquela ocasião, porém, seu algoz foi o coreano Kyu Won Lee, que terminaria com a medalha de ouro da competição. Na Rússia, Gerasimenko foi perdeu nas quartas de final.
A outra brasileira a lutar no dia, Bárbara Timo, também foi eliminada de maneira decepcionante. Ela venceu em sua estreia Hye Jin Jeong, da Coreia, e vencia a luta contra a atual campeã mundial Yuri Alvear, da Colômbia, por um yuko. No último minuto, porém, com três punições, não conseguiu se desvencilhar da pegada da rival e levou um wazari, que definiu a vitória.
Na madrugada de sexta para sábado (30), lutam os atletas mais pesados da equipe brasileira. Nos pesados (+100kg), dois atletas estão entre os dez melhores do mundo: Rafael Silva é líder do ranking mundial e David Moura aparece em sexto lugar. No feminino (+78kg), Maria Suellen Altheman é vice-líder dos pesados femininos – Rochele Nunes, 18ª da lista, também vai lutar Além disso, o campeão mundial de 2007 dos meio-pesados (100kg), Luciano Correa, também estará em ação.
Fonte: Página Espelho
esporte.uol.com.br